"O Gigante" visita Évora e apresenta-se no centenário Teatro Garcia de Resende
A mais recente co-produção do Teatro do Montemuro e da companhia inglesa The Fetch Theatre, "O Gigante", vai ser apresentada no centenário Teatro Garcia de Resende, em Évora, no próximo dia 17, foi hoje divulgado.
A peça, com duas sessões, às 18.30 e 21.30 HORAS, na sala principal desta sala de espectáculos alentejana, vai ser apresentada no âmbito da rede "CULTURBE", que envolve as cidades de Évora, Braga e Coimbra.
O Centro Dramático de Évora (Cendrev), companhia residente do Garcia de Resende, lembrou hoje que mantém relações de intercâmbio, "há vários anos", com o Teatro do Montemuro, baseado na pequena aldeia de Campo Benfeito (Castro Daire).
Esta companhia, segundo o Cendrev, já realizou em Évora espectáculos como o "SPLASH" (2007), "Ubelhas Mutantes e Transumantes" (2007), "Perdido no Monte"(2010) e "Louco na Serra" (2012).
Agora, é a vez de a cidade alentejana receber também "O Gigante", o mais recente projecto da companhia de Teatro do Montemuro, numa co-produção com o The Fetch Theatre, oriundo de Inglaterra.
"Três actores em palco, em cena com um universo colorido e cativante de fantoches. Um mundo mágico e imaginário conseguido num jogo de luz, cor e sons", que é capaz de transportar o público "para um outro mundo", resumiu o Cendrev.
Na essência do espectáculo, reforça a companhia alentejana, estão os afectos, as relações, a educação e o respeito pelos outros e pela vida.
Para maiores de seis anos e dirigida a um público familiar, a peça apresenta "um avô só e sem forças para lutar", que se vê "com uma criança nos seus braços para cuidar, educar, ajudar a crescer".
"Uma criança que vive num outro universo. Um universo de traquinices, onde tudo é possível, onde tudo é diferente da realidade. Uma criança que procura ainda a sua identidade", pode ler-se na sinopse do espectáculo.
A trama mostra ainda "uma jovem que tenta desfazer-se do passado, deixando tudo para trás, e que julga encontrar neste local um possível sítio para recomeçar uma nova vida".
"Mas existe o resto do povo", que "não gosta desta gente, que é tão diferente deles", ou seja, de um avô "sempre mal disposto", de uma criança "sem educação" e de uma jovem que "dorme ao lado das abelhas".
Os três "encontram-se neste mesmo local", onde "as rochas respiram e movem-se em auxílio" de quem as rodeia e procura, ajudando-os "a descobrir, a ver, as partes boas da vida de cada um deles".
Com encenação de Paulo Duarte e Andrew Purvin, a interpretação da peça está a cargo de Abel Duarte, Eduardo Correia e Tanya Ruivo.