Apesar de uma das principais ameaças à segurança da cimeira da NATO, assumida pela PSP, ser a ocorrência de acções violentas em manifestações executadas por grupos de cariz anarco-libertário, o Tribunal de Elvas libertou ontem o casal detido pela GNR com fortes indícios de pretender participar nesse tipo de crime. A mulher pagou a multa e o homem foi "expulso" para Espanha. O homem, 27 anos, de nacionalidade espanhola, e a mulher, 33 anos, portuguesa, foram apanhados na fronteira de Caia, às 04.45, quando atravessavam de Espanha para Portugal.
Os militares da GNR, de uma equipa de investigação criminal à civil, encontraram no automóvel diversas armas brancas, entre as quais uma catana de 40 cm, uma navalha-borboleta e um estilete afiado. Foram também apreendidos cartazes com imagens de polícias, com a farda da PSP, e várias palavras antiautoridade em espanhol, como "Polícias são chulos e prepotentes", "Eles torturam, maltratam, matam e ficam impunes", entre outros.
Até às 17.00 de ontem, 19 pessoas foram impedidas de entrar em Portugal e oito foram detidas, informou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em comunicado, na sequência da reposição do controle fronteiriço feito pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e pela GNR.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve esta quarta-feira 11 pessoas e recusou a entrada a 47 cidadão estrangeiros entre as 00h00 e 10h00 no controlo das fronteiras terrestres.
Um total de 35 745 cidadãos foram controlados nas fronteiras, avança a SEF em comunicado.
Na fronteira de Caia, Elvas, foram feitas quatro detenções, duas por posse de arma branca, uma por tráfico de droga e outra por arma proibida.
Foram ainda efectuadas cinco detenções na fronteira de Vila Real de Santo António/Castro Marfim, das quais quatro por tráfico de estupefacientes e uma por condução sem habilitação. Já em Vila Verde de Raia/Chaves, foram detidas duas pessoas por uso de documentos falsos ou falsificados.
"A reposição e controlo documental está a decorrer com normalidade, em conformidade com o planeado", assegurou o SEF.
Devido à reposição do processo de controlo das fronteiras internas de Portugal, todos os cidadãos, que se apresentarem nos pontos de passagem autorizados e nos postos de fronteiras , vão ser submetidos a inspecção.