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Câmara de Borba contra fundo de investimento apenas para empresas de Vila Viçosa

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A Câmara Municipal de Borba repudiou hoje a decisão da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) de criar um fundo de investimento, para empresas transformadoras de mármores, "exclusivamente com o município de Vila Viçosa".

Numa moção aprovada em reunião de câmara e enviada à agência Lusa, a autarquia de Borba manifesta o "mais vivo repúdio" pela forma como a DGEG criou o fundo de investimento "exclusivamente com o município de Vila Viçosa" e com a "discriminação que é feita em relação aos restantes municípios da Zona dos Mármores".

Em causa está um fundo de investimento de 200 mil euros para apoiar a internacionalização de empresas transformadoras de mármores, criado pela Câmara de Vila Viçosa em parceria com a DGEG.

A iniciativa, de acordo com os promotores, deve ser subscrita por um mínimo de quatro empresas associadas - a maioria com sede social no concelho de Vila Viçosa -, cujo capital social de pelo menos três não pertença aos mesmos titulares.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Borba, Ângelo de Sá, considerou, "no mínimo, estranho" que a DGEG "contacte uma determinada câmara para beneficiar empresários desse concelho, mesmo que eventualmente algumas dessas empresas possam ter actividades nos concelhos limítrofes".

"É inaceitável que a DGEG apenas faça um acordo com um município, quando existem mais três (Borba, Estremoz e Alandroal) onde existem pedreiras", criticou.

O autarca frisou que não está contra a criação do fundo de investimento, nem com a parceria feita com o município vizinho de Vila Viçosa, mas sim com o facto de os outros concelhos terem "ficado de fora" da iniciativa.

"Se havia um acordo a fazer, que fosse feito com as quatro câmaras", afirmou Ângelo de Sá, realçando que, actualmente, todas as empresas do sector dos mármores dos quatro concelhos têm "dificuldades de exportação".

"É óbvio que as empresas do concelho de Vila Viçosa vão ficar beneficiadas relativamente a outras que não tenham acesso a esse fundo de investimento", acrescentou.

O autarca adiantou que o município já pediu "uma audiência, com carácter de urgência", ao secretário de Estado da Energia para que seja "clarificada esta situação" e para "exigir, no mínimo, que a DGEG também faça um acordo com os outros municípios ou que seja criado um fundo para as câmaras interessadas".
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