O jornalista Paulo Barriga foi hoje escolhido para dirigir o Diário do Alentejo, de Beja, sucedendo a João Matias, que, após quase três anos à frente da direção do jornal, colocou o cargo à disposição.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a proprietária do Diário do Alentejo, a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (AMBAAL), revela que o júri do concurso lançado para recrutar o novo diretor do jornal escolheu "por unanimidade" Paulo Barriga.
Segundo a AMBAAL, o júri considerou Paulo Barriga o "candidato que melhor defendeu um projeto para o Diário do Alentejo, em termos de estabilidade futura, e que melhor se enquadra no perfil traçado pelo conselho diretivo" da associação.
O júri foi constituído pelo presidente do conselho diretivo da AMBAAL e da Câmara de Beja (PS), Jorge Pulido Valente, o vogal do mesmo conselho e presidente da Câmara de Almodôvar (PSD), António Sebastião, e a professora de comunicação e marketing da Universidade Corporativa do Algarve, Ivone Ferreira.
Os autarcas da CDU que integram a AMBAAL recusaram indicar um representante por discordarem da composição do júri.
O Diário do Alentejo já motivou polémicas entre os autarcas comunistas e socialistas que integram a AMBAAL, sobretudo à volta das nomeações para a direção do jornal sempre que há eleições autárquicas e mudanças no conselho diretivo da associação.
No final de 2007, os autarcas socialistas da AMBAAL contestaram e votaram contra a nomeação de João Matias para director do Diário do Alentejo e acusaram o PCP, que então tinha a maioria no conselho diretivo da AMBAAL, de "partidarizar" o jornal.
Antes de ser requisitado pela AMBAAL e na altura da nomeação, João Matias, antigo jornalista do jornal "A Bola", era membro da Comissão Concelhia de Serpa do PCP e trabalhava na Câmara de Serpa (CDU), na qual coordenou o gabinete de informação e relações públicas.
Após as eleições autárquicas de 11 de outubro de 2009, que colocaram o PS a liderar o conselho diretivo da AMBAAL, João Matias colocou o cargo à disposição e a associação lançou um concurso para recrutar o novo director do jornal, que terminou hoje com a escolha de Paulo Barriga.
O presidente da Distrital do PSD de Portalegre, Cristóvão Crespo, reeleito sexta-feira à noite para o cargo, acusou o Governo de 'discriminar' sistematicamente aquela região alentejana, uma situação que considera "dramática".
"Eu não consigo perceber as razões que levam o PS a tratar esta região da forma como trata, com todas as desconsiderações. A forma como trata o distrito de Portalegre é dramática", disse Cristóvão Crespo, em declarações à Agência Lusa.
De acordo com o responsável político, "é fundamental que a população de Portalegre perceba o problema que o PS tem provocado no desenvolvimento da região".
Cristóvão Crespo, também deputado do PSD, eleito pelo círculo eleitoral de Portalegre, foi reeleito sexta-feira à noite para presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Portalegre, ao encabeçar a única lista candidata ao cargo.
O presidente da distrital laranja prometeu que no decorrer do novo mandato vai continuar a defender a construção de uma auto-estrada que ligue Portalegre a outras regiões, entre outras matérias que considera "importantes" para o desenvolvimento do norte alentejano.
Cristóvão Crespo mostrou-se bastante crítico para com a governação socialista, considerando ainda que nesta altura o Governo está "sem uma noção do futuro".
"Eu não espero grande coisa deste Governo nem para Portalegre, nem para o país. Aquilo a que nós chegamos à conclusão é que o Governo está completamente a navegar à vista, sem uma noção do futuro porque perdeu completamente o controlo orçamental", disse.